Saio de casa
E vou pra rua
A noite está
Pra violão
Olho pro céu
Sinto que a lua
Zomba da minha solidão
É mania
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver? Cadê?
Então bebo um trago
Lá na tendinha
Cantando um samba
Lá da Portela
Portela querida!
O sabor ardente da cachacinha
Me lembra o doce
Beijo dela
É mania
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver? Cadê?
A felicidade
Do meu barraco
Ela levou
Ao me deixar
E até a corda do meu cavaco
Se arrebentou pra não chorar
É mania
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver? Cadê?
Então bebo um trago
Lá na tendinha
Cantando um samba
Lá da Portela
Portela querida!
O sabor ardente da cachacinha
Me lembra o doce
Beijo dela
É mania
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver? Cadê?
Mania, mania falei
Sem ela eu não posso ficar
Amor vou ter dar os meu braços
Que é seu lugar
É mania
Mas o que posso fazer?
Pois sem ela
Cadê vida pra viver? Cadê?
Mania, mania que é amor
E ninguém pode criticar
Quem ama não pode escolher
A quem se deve amar
Já clareou! Já clareou!
Portela eu voltei pro meu amor
Volta a corda pra caçamba
Volta o padre pra capela
Volta o luar para a lua
A jangada para vela
O remador pra canoa
O parafuso pra a arruela
Já clareou! Já clareou!
Portela eu voltei pro meu amor
Andei batendo cabeça
Reco-reco e tamborim
Eu bati, você bateu
Mas a mágoa chega ao fim
O rio voltou para o mar
Você voltou para mim
Já clareou! Já clareou!
Portela eu voltei pro meu amor
Quem fala tem água na boca
Quer ficar no meu lugar
Bom malandro não dorme de touca
Não dá papo à zé mané
Você voltou para mim
Voltou o garfo pra colher
Já clareou! Já clareou!
Portela eu voltei pro meu amor
Provar! que não tem veneno
Não tem veneno não
Pode provar
Mas eu juro que não
Feijão que o mestre preparou
Naquela sexta-feira
Eu provei, todo mundo provou, meu amor
Você não vai ser a primeira a provar
Que não tem veneno
Não tem veneno não
Pode provar
O melado que a tia guardou
Está na pipoqueira
Eu provei, todo mundo provou, meu amor
Você não vai ser a primeira a provar
Que não tem veneno
Não tem veneno não
Pode provar
Pudim que Maria guardou
Dentro da geladeira
Eu provei, todo mundo provou, meu amor
Você não vai ser a primeira a provar
Que não tem veneno
Não tem veneno não
Pode provar
Tu me deixa comer, repetir
A salada de nabo
Mas quero escorregar, meu amor
Na baba desse teu quiabo
Provar! que não tem veneno
Não tem veneno não
Pode provar
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Boa noite sinházinha
Boa noite ó sinhá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Boa noite meu senhor
Eu já vou me retirar
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Menina de 15 anos
Querendo me namorar
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Isto é rabo de foguete
Mas que eu não vou segurar
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Vou-me embora pra bem longe
Pra saudar meu orixá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Ô skindôlêlê outra vez skindôlálá
Vou-me embora! Vou-me embora
Lá pra Jacarépaguá
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
Vou com Deus e Nossa Senhora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
E vou levar minha viola
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
Galo pra cantar não demora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
E já vem rompendo aurora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
Não chora benzinho, não chora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
Candeia já vai embora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
E quem perdeu é quem chora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora
Vou para Juiz De Fora
Olha hora Maria
Ô ô ô Maria, é hora